Em Presidente Prudente, o que deveria servir de exemplo, foi classificado como inadequado, de acordo com análise feita por estudante de arquitetura. As escadas da Câmara Municipal estão fora de todas as recomendações e códigos que regulamentam a questão.

O estudante Denis Oshiro Gastaldi realizou o trabalho de pesquisa sobre as escadas que dão acesso à administração e aos gabinetes dos vereadores. Os resultados mostram que a largura dos degraus, a altura do corrimão e ainda o teto entre os lances da escada estão fora das recomendações.

“No caso de alguma situação de emergência, a escada não suportaria a saída da população do local”, explica.

Outras medidas também dificultam o acesso. O piso está dentro do mínimo exigido. Já a altura, é a máxima permitida, um problema principalmente para pessoas idosas.

“Elas possuem uma capacidade reduzida de extensão muscular adequada para poder utilizar a escada. Essa escada do poder público deveria servir de exemplo e na verdade, acaba restringindo parte da população”, salienta o estudante.

De acordo com o médico ortopedista Felipe Francisco Honorato, as quedas envolvendo escadas são motivo de preocupação permanente.

“Uma grande porcentagem dos pacientes que atendemos com traumas e fraturas são de origem de quedas de escadas. Pessoas que possuem dificuldade de acuidade visual, por exemplo, necessitam de auxílio de alguém que esteja mais preparado para fazer a utilização dessas escadas. Além disso, é necessário que seja feita a adequação urbana desses ambientes, como presença de corrimão, sinalizador visual nos degraus e utilização de pisos antiderrapantes”, revela o médico.

A Câmara Municipal de Prudente informou que não vai se pronunciar porque não conhece o estudo feito sobre as escadas.

Fonte: iFronteira