O primeiro dia de dezembro de 2011 marca o início de um esforço que poderá refletir positivamente na preservação do verde em guia de Presidente Prudente. É que a Associação Paulista dos Supermercados (Apas), com sede na cidade, deu início em âmbito municipal à campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco”, cuja ideia é substituir, em supermercados, o uso de sacolas plásticas por reutilizáveis. O lançamento oficial, que contou com a participação de supermercadistas, empresários, profissionais da imprensa e autoridades locais, ocorreu na noite dessa quarta-feira (30/11) no Buffet Corazza. Até janeiro, segundo o diretor regional da Apas, Pedro Henrique Nicoluci, a meta é retirar de circulação aproximadamente 12 milhões de embalagens plásticas que circulam mensalmente pelos cerca de 80 estabelecimentos, entre hipermercados, supermercados e mercados.

Do evento, segundo Nicoluci, participaram 180 pessoas, em sua maioria líderes de supermercados. Na ocasião, eles foram orientados de tal modo que toda ideia da campanha educativa seja propagada aos funcionários e, consequentemente, aos consumidores. “A intenção é diminuir os impactos que o plástico, que demora 300 anos para se decompor, causa no meio ambiente. Até ontem, todos os supermercados de grande porte já haviam aderido à campanha. Também será feito trabalho nos de menor porte, que fica nos bairros. A proposta é fazer com que pelo menos 90% dos estabelecimentos tomem consciência quanto à questão”, ressalta, acrescentando que em médio prazo a pretensão da associação também é estender a campanha para mercados da região.

O representante da Apas frisa que a campanha de conscientização deverá se estender nos supermercados até o dia 25 de janeiro. “Até lá, são praticamente 55 dias para a população em geral ir se habituando com a mudança. Depois dessa data, as sacolas plásticas serão definitivamente retiradas de circulação. Por causa disso, os estabelecimentos terá à disposição de seus clientes sacolas reutilizáveis. Para eles, fixamos preço mínimo de R$ 1,99 para essa comercialização, mas vale lembrar que esse preço certamente vai variar de mercado para mercado, haja vista que as sacolas ecológicas poderão ser simples, estilizadas, requintadas, enfim. O que não pode é estabelecimento comercializá-las com preço inferior ao de R$ 1,99”, avisa.

O secretário municipal do Meio Ambiente, Fernando Luizari Gomes, se diz totalmente favorável à iniciativa, mas enfatiza que além dos supermercadistas é fundamental que a população dê sua parcela de contribuição para que resultados comecem a aparecer. “Eu sou do tempo em que íamos ao supermercado com a sacola da vovó em mãos. Quando não, os estabelecimentos lá atrás nos forneciam caixas de papelão. Só que com o passar dos anos, a população passou a se acomodar aderindo à sacola plástica, inclusive para se desfazer de lixo seco e úmido nelas. Isso é ‘terrível’ porque esse material vai para lixões e aterros sanitários, causando danos na natureza em razão de demorar anos para se decompor”, ressalta. “Pessoalmente, só faço compras em supermercados que me disponibiliza caixa de papelão. Além de ser ambientalmente correto, é até mesmo mais fácil de acomodar o que você compra”, completa.

Para ele, além dos supermercados, outros tipos de estabelecimentos deveriam se atentar ao pedido de um socorro que não é apenas municipal, mas mundial. “É um absurdo ‘você’ ir a padarias e ver os balconistas colocando o pão em sacos de papel e posteriormente em sacolas. Um desperdício desnecessário. Sem contar que quando chove, todas essas sacolas acabam se acumulando em bueiros, causando inclusive entupimentos. Infelizmente as pessoas ainda não entenderam que a sacola plástica não tem durabilidade para uso no dia a dia. Ela só é extremamente duradoura e prejudicial ao meio ambiente”, garante.

Por fim, o chefe da pasta municipal do Meio Ambiente pede para que as pessoas comecem a substituir as embalagens plásticas por sacolas reutilizáveis já a partir de hoje, primeiro dia da campanha. “É preciso começar desde já porque todos vão precisar cumprir à Lei dos Resíduos Sólidos, a começar pela separação dos lixos secos e úmidos”, encerra.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação