Ar seco aumenta procura por hospitais em Presidente Prudente
quinta-feira, 11 de agosto de 2011Devido à baixa umidade do ar, que ontem chegou a apenas 12%, o atendimento de pacientes aumentou em 30% nos hospitais e postos de saúde de Presidente Prudente, a maior cidade do extremo oeste paulista. No Hospital Regional, que serve a mais de 50 municípios, o movimento foi maior em comparação à semana passada e ao fim de semana. “Ontem (segunda-feira), encheu bastante (o hospital), principalmente na pediatria, que sempre aumenta quando baixa a umidade”, contou Maycon Roberto Elvira, de 20 anos, recepcionista do hospital.”Comparado com a semana passada, houve aumento de 30% no atendimento. Idosos e crianças compareceram em maior número, eles são mais afetados pelo ar seco”, acrescentou Maycon, observando que os pacientes reclamavam de “nariz entupido, dor de cabeça e dor de garganta”.
Já no Pronto Atendimento 24 horas, posto de saúde municipal, 238 pessoas procuraram socorro médico no domingo. Na segunda-feira, o número saltou para 350 atendimentos. “Por conta do ar seco, atendemos mais gente ontem (segunda-feira), gente que reclamava de tosse, febre e dor de garganta. Eu mesma estou tossindo e culpo o ar seco”, disse Sônia Maria Messias, de 46 anos, que trabalha na administração do posto. O Hospital Iamada também confirmou aumento no atendimento. Houve 52 consultas no domingo e 83 na segunda-feira. A Santa Casa não registrou nenhuma mudança. “Foi normal, na segunda-feira não aumentou”, resumiu uma das enfermeiras, que pediu para não ser identificada. Os bombeiros confirmaram aumento nos focos de incêndio, mas sem gravidade. A corporação não forneceu números.
A situação do ar melhorou a partir da madrugada de hoje com a chegada de uma nova frente fria, que veio acompanhada de chuvas fracas. “A frente fria deu uma refrescadinha. Normalmente, quando a temperatura diminui a umidade fica um pouco maior. Se o tempo ficar seco, piora a umidade”, explicou Tadeu Tommaselli, de 52 anos, professor de Climatologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A umidade abaixo de 45% causa problemas, segundo ele. “Abaixo disso (45%) as pessoas mais sensíveis sentem os efeitos”. Já sobre a umidade do ar ideal, o climatologista acrescentou que a porcentagem deve ficar entre 45% e 80%.
Fonte: Agência Estado
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